Salmo

sexta-feira, 10 de julho de 2015

A Verdadeira Adoração - Conforme o Salmo 50


Samuel Rindlisbacher
“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15).
Muitos conhecem essa passagem popular do Salmo 50, mas seu contexto na Bíblia merece ser levado em consideração. O tema central do Salmo 50 é a adoração verdadeira a Deus, o legítimo louvor ao Senhor, o louvor que Lhe é agradável.

A verdadeira adoração na Criação

Adoração verdadeira começa com a Criação: “Fala o Poderoso, o Senhor Deus, e chama a terra desde o Levante até o Poente” (v.1). A real finalidade da Criação é louvar a Deus. É o que nos diz o Salmo 19.1: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”.

A verdadeira adoração revela a grandeza e a glória de Deus

“Desde Sião, excelência de formosura, resplandece Deus. Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta” (vv.2-3).
“Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo” (Salmo 50.11).
A verdadeira adoração sempre inclui e exprime a grandeza e a glória de Deus. Isso pode ser observado nas ocasiões em que Deus revelou-se aos homens de forma direta, em uma teofania. Quando o Senhor encontrou-se com Moisés, lemos: “Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3.6). Isaías clama: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). Elias “envolveu o rosto no seu manto” (1 Rs 19.13). Paulo caiu por terra e“tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?” (At 9.6, Almeida Revista e Corrigida). Vemos, portanto, que a adoração verdadeira sempre tem a Deus como objeto, o que condiciona Seus adoradores a um legítimo temor diante da Sua santidade e a um estilo de vida santificado.

A adoração falsa

É justamente a falta de uma vida adequada do Seu povo que leva o Senhor a lamentar profundamente e a anunciar o juízo, como lemos no Salmo 50: “Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo. ‘Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios’. Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga” (vv.4-6).
Deus toma os céus e a terra por testemunhas e lembra ao Seu povo a aliança que firmou com ele, mas vê-se obrigado a acusar Israel, falando em julgamento. É uma acusação contra os rituais exteriores e vazios, ao culto sem conteúdo. Fazendo a aplicação aos nossos dias, Deus lamenta um cristianismo sem Cristo!
“Escuta, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu testemunharei contra ti. Eu sou Deus, o teu Deus. Não te repreendo pelos teus sacrifícios, nem pelos teus holocaustos continuamente perante mim. De tua casa não aceitarei novilhos, nem bodes, dos teus apriscos. Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém. Acaso, como eu carne de touros? Ou bebo sangue de cabritos?” (vv.7-13).
Deus volta-se contra a forma de culto apenas exterior, contra uma adoração sem conteúdo bíblico. Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor. Em Israel, na época em que foi escrito o Salmo 50, acontecia o mesmo, e essa realidade está retratada por Isaías em seu lamento: “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).

Adoração verdadeira é uma questão do coração

Em meio a esse formalismo no culto ao Senhor, Ele conclama Seu povo: “Oferece a Deus sacrifícios de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (v.14).Comprometa-se com Deus! Aí, sim, a maravilhosa e conhecida promessa do Salmo 50 repousará sobre os que adoram a Deus: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”.

Uma falsa concepção de Deus

Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor.
Deus repreende a trágica rebelião de Seu povo: “Mas ao ímpio diz Deus: De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? Se vês um ladrão, tu te comprazes nele e aos adúlteros te associas. Soltas a boca para o mal, e a tua língua trama enganos. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamas o filho de tua mãe” (vv.16-20).
Rebaixamos Deus ao mesmo nível em que nos encontramos. Muitos cristãos, quando exortados por seu comportamento errado, têm pronta a resposta: “Eu acho que estou certo, não vejo problemas com isso”. Mas, ao mesmo tempo em que se defendem, admiram-se que Deus não os ouve, agindo igual a Israel no passado. Deus, porém, não pode ouvi-los! Deixaram de considerar que Deus condicionou Suas promessas a certos requisitos.
“Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual; mas eu te argüirei e porei tudo à tua vista” (v.21). Chamamo-nos de cristãos mesmo tendo fabricado um Deus que não corresponde ao Deus da Bíblia, um Deus que espelha nossa própria imaginação e reflete nossos desejos pessoais. Portanto, não devemos nos admirar quando Deus se cala! A causa não está nEle; está em nós. “Considerai, pois, nisto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos despedace, sem haver quem vos livre” (v.22). Apesar de todo o ativismo religioso, Israel esqueceu-se de Deus. Talvez nós também O esquecemos muitas vezes. Por isso, Ele se cala. Assim, não podemos ouvir Sua voz.

A verdadeira adoração está alinhada com a Palavra de Deus

O Salmo 50 também nos apresenta a solução do problema do silêncio divino. Esta se encontra em nos conscientizarmos do que é a verdadeira adoração a Deus, que é um retorno àquilo que está descrito no versículo 23: “O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus”.
As ações de graças que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver conforme a Bíblia.
As ações de graças que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver conforme a Bíblia. Adoração verdadeira diz: “Pai, não a minha, mas a Tua vontade seja feita. Eu Te agradeço, independentemente dos caminhos pelos quais Tu me conduzes. Muito obrigado por Teus pensamentos serem pensamentos de paz a meu respeito, mesmo que eu não conheça o caminho por onde me levas. Agradeço por me guiares e por teres garantido me levar ao alvo”.

Três princípios da verdadeira adoração

Mateus 8.1-8 exemplifica uma oração que agrada ao Senhor. Esses versículos relatam dois milagres da graça de Deus: “Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra” (vv.1-3).
“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado” (vv.5-8).
Aqui encontramos três princípios da oração legítima. A fé declara: “Senhor, Tu podes!” O temor a Deus complementa: “Se Tu quiseres”. E a humildade acrescenta: “Não sou digno!”

A verdadeira adoração diz “sim” aos caminhos de Deus

Deus quer que oremos. E Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida santificado.
Quando buscamos o Senhor, não devemos esquecer que, independente da forma com que o Senhor nos responde, o Nome do Senhor deve ser exaltado acima e antes de tudo. Sabemos muito bem que o Senhor faz milagres ainda hoje. Mas Deus nem sempre responde nossas orações da forma que gostaríamos. Essa situação é descrita em Atos 12. Tanto Tiago (vv.1-2) como Pedro (vv.3ss.) estavam na prisão. Os irmãos haviam orado intensamente pelos dois. Ambos sabiam estar sob a proteção e o abrigo do Senhor. Para um deles, Tiago, Deus disse:“Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21). Tiago foi decapitado. Ao outro, Pedro, foi dada a incumbência: “Vá para a vinha, pois a colheita está madura!” E Pedro saiu milagrosamente da prisão para ir trabalhar na seara do Mestre. As duas possibilidades são caminhos de Deus! Será que concordamos sempre quando Deus nos dirige, seja da forma que for?

Deus ouve a adoração verdadeira

Deus quer que oremos. E Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida santificado. Sabendo que Ele escuta e responde, podemos deixar a decisão da resposta com Ele, na certeza de que está sempre certo, independentemente da solução que nos proporcionar. A esse respeito, Deus diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jr 29.11).

quinta-feira, 9 de julho de 2015

A necessidade de confessar a Cristo como Salvador


Confessar a Cristo é o único meio para a salvação. Na bíblia, em Romanos 10.9,10 está escrito assim: “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.” Veja mais o que Cristo falou sobre essa atitude: “Qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 10.32,33)
Uma vez salvo, quem confessa a Cristo se torna um adorador. Em Hebreus 13.15 lemos assim: “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” Igualmente por essa razão o ex-cego declarou: “Creio, Senhor. E o adorou.” Por meio destes textos podemos entender que o nosso nome só será confessado no céu se fizermos essa confissão na terra, antes da morte física. Confessar a Cristo é também a única forma de sermos vitoriosos sobre o pecado. Porque em Cristo há graça para vencer o pecado. Paulo escreveu ao jovem Timóteo: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 2.2) O resultado de uma vida vitoriosa é ter o nome confessado no céu. Em Apocalipse 3.5 lemos assim: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.”
Então aqueles que fizeram a confissão pública de Cristo além de serem vencedores contra o pecado também tem a garantia da vida eterna. Em 1 Timóteo 6.12 lemos também: Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” (1Timóteo 6.12)
Em fim devemos confessar a Cristo antes que seja tarde demais!Lamentavelmente muitos embora, perdidos, confessarão a Cristo apenas para saber que somente no nome de Cristo havia salvação. Não deixe para reconhecer o poder de Deus após a morte física, confesse-o enquanto é tempo. “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.10,11)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Deus Nunca Desiste

 

 

Deus nos leva para a frente curando o nosso passado! Será que Ele consegue? Será que Deus consegue curar essa ferida antiga no meu coração? Claro que Ele pode. De fato, Deus se importa mais com justiça do que nós. Paulo nos lembra em Romanos 12:17-19 “Não retribuam a ninguém mal por mal… nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: Minha é a vingança; eu retribuirei’, diz o Senhor”.
Nós tememos que o malfeitor irá escapar na noite, desconhecido e impune. Fugir para Fiji e tomar drinks na praia. Não se preocupe. A Escritura diz “Deus retribuirá”; e não “Deus talvez irá retribuir”. Deus vai executar justiça a favor da verdade e do que é justo.
Diferente de nós, Deus nunca desiste de uma pessoa. Nunca. Muito depois que nós deixamos para trás, Deus ainda está lá, sondando a consciência, provocando convicção, sempre orquestrando a redenção. Consertar seus inimigos? Esta é a obra de Deus.

domingo, 5 de julho de 2015

Crítica Oportuna e Proveitosa



Crítica Oportuna e Proveitosa 
Por Rick Boxx

Já pensou sobre a importância da crítica construtiva ou da repreensão oportuna? Anos atrás uma gráfica que utilizávamos havia algum tempo, entregou um projeto do meu escritório que tinha a intenção de mostrar visualmente nossa organização para milhares de pessoas. Esse trabalho, ao ser revisado, mostrou que as cores não eram as que tínhamos solicitado. Tampoco se aproximavam de nossas instruções. 

Minha tendência é sempre agradar as pessoas. Por iss, relutei sobre o que deveria fazer. “Não quero dar a impressão de estar me queixando”, pensei. “Talvez as cores não estejam tão diferentes e possamos deixar passar o fato de não estarem como queríamos”. Minha assistente, porém, não concordava com minha relutância e disposição de não ferir sentimentos de alguém: “Não podemos divulgar isto como está”,  afirmou. “Eles precisam refazer o serviço”. 

Ela estava certa. Tínhamos meticulosamente escolhido as cores que representam nossa organização e especificado cuidadosamente o que precisávamos. Não era momento de ficar preocupado em ofender a empresa; era importante que soubessem que seus serviços não satisfizeram nossas expectativas. Doutro modo, como poderiam adotar medidas corretivas e assegurar boa qualidade em futuros trabalhos? 

Ao invés de se sentir ofendido, o dono da gráfica agradeceu por ser informado do erro e nos respondeu prontamente. No dia seguinte recebemos nosso projeto refeito e com boa aparência. Fiquei feliz com a determinação da assistente em fazer que a empresa e eu assumíssemos a responsabilidade pelo ocorrido. 

Olhando retrospectivamente a situação, entendi que havia esquecido importantes princípios bíblicos: 

Repreensão pode ser um presente. Dizer a alguém, seja um colega de equipe, amigo ou fornecedor, que seu trabalho não é aceitável, pode ser um ato de gentileza, se for feito com espírito correto, sem intenção de humilhar, mas de ajudá-lo a fazer melhor no futuro. “Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino é a repreensão dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvir” (Provérbios 25.12). 

Repreensão como compromisso. Se você vê alguém realizando um trabalho abaixo do padrão e deixa de chamar sua atenção, na verdade está participando de sua falha. “Não guardem ódio contra o seu irmão no coração; antes repreendam com franqueza o seu próximo para que, por causa dele, não sofram as consequências de um pecado” (Levítico 19.17). 

O benefício da repreensão. Por vezes pode parecer difícil proferir palavras de correção e repreensão a alguém, mas se isso ajuda a pessoa a se tornar mais eficientes e produtiva no seu trabalho, o resultado final deve ser gratidão pela sua disposição em fazer crítica construtiva. “Quem repreende o próximo obterá por fim mais favor do que aquele que só sabe bajular” (Provérbios 28.23).

Criticar um fornecedor com simpatia, por causa do cuidado para com essa pessoa ou sua empresa, fazendo que saiba que não está satisfazendo as expectativas, demonstra compromisso com excelência, no seu trabalho e também no dele.